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pt_agal:didatica [23/12/2010 11:17]
valentim
pt_agal:didatica [10/02/2011 20:42] (Actual)
ramom
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 [[pt_agal:didatica:tabela_de_pronunciacom|Tabela de pronunciaçom completa]] [[pt_agal:didatica:tabela_de_pronunciacom|Tabela de pronunciaçom completa]]
  
-===== Como se lê um texto escrito em português padrom? =====+===== Como se lê um texto escrito em padrom lusitano? =====
  
-Para além de aplicarmos as pautas de leitura estabelecidas na pergunta [[http://www.agal-gz.org/faq/doku.php?id=pt_agal:didatica#como_se_le_um_texto_reintegrado_agal|“como se lê um texto reintegrado (AGAL)?]] devemos acrescentar mais algum pormenor relacionado fundamentalmente com as terminaçons “-ão” “-ões”; estas terminaçons podem ser lidas sem alterar a nossa fala habitual (como “-om” e “-ons” ou “-ois”).+Para além de aplicarmos as pautas de leitura estabelecidas na pergunta [[http://www.agal-gz.org/faq/doku.php?id=pt_agal:didatica#como_se_le_um_texto_reintegrado_agal|“como se lê um texto reintegrado (AGAL)?]]devemos acrescentar mais algum pormenor relacionado fundamentalmente com as terminaçons “-ão”“-ões” e “-ães”. Estas terminaçons podem ser lidas sem alterar a nossa fala habitual
 +  * como “-om” e “-ons” ou “-ois”  no caso de //canção/canções//;  
 +  * como “-ám”, “-áns” ou “-ais” no caso de //capitão/capitães//.
  
 A respeito da morfologia verbal, nalguns casos mui diferente da maioritariamente utilizada na Galiza, nom existe um único critério de leitura,  havendo pessoas que as adaptam e pessoas que nom (“fez-fijo”, “disse-dixo”...). A respeito da morfologia verbal, nalguns casos mui diferente da maioritariamente utilizada na Galiza, nom existe um único critério de leitura,  havendo pessoas que as adaptam e pessoas que nom (“fez-fijo”, “disse-dixo”...).
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 O reintegrado nom se fala. Escreve-se. Porém, é verdade que popularmente se ouve às vezes “que alguém fala reintegrado”. A razom é que, em geral, as pessoas reintegracionistas costumam cuidar mais o seu galego, evitando castelhanismos e mesmo usando palavras ou estruturas que, sendo galegas, nom tenhem nos dias de hoje umha grande circulaçom ao nível coloquial:  O reintegrado nom se fala. Escreve-se. Porém, é verdade que popularmente se ouve às vezes “que alguém fala reintegrado”. A razom é que, em geral, as pessoas reintegracionistas costumam cuidar mais o seu galego, evitando castelhanismos e mesmo usando palavras ou estruturas que, sendo galegas, nom tenhem nos dias de hoje umha grande circulaçom ao nível coloquial: 
  
-- Infinitivo flexionado: Era bom irmos. +  - Infinitivo flexionado: Era bom irmos. 
-- Futuro do conjuntivo: Se tu fores, avisa-me.  +  - Futuro do conjuntivo: Se tu fores, avisa-me.  
-- Léxico cuidado: autoestrada, espaço, pescada. +  - Léxico cuidado: autoestrada, espaço, pescada. 
  
-Ainda, muitas pessoas reintegracionistas apoiam-se no português para substituir castelhanismos de recente introduçom na Galiza, como nos casos de //cartaz//((cartel)), //bolacha//((galleta)) ou //lareira//((chimenea)). Porém, o traço mais característico do 'falar reintegrado' é, sem dúvida, a terminaçom //-çom//, que nos últimos dous séculos foi substituída massivamente das falas por //-ción//, e muitos reintegracionistas esforçam-se em restaurá-la. Nom obstante, também há muitas pessoas lusistas que preferem falar igual que sempre, e nom por isso se pode dizer que 'nom falem reintegrado'.+Ainda, muitas pessoas reintegracionistas para substituir castelhanismos de recente introduçom na Galiza apoiam-se no português, como nos casos de //cartaz//((cast. cartel)), //bolacha//((cast. galleta)) ou //lareira//((cast. chimenea)). Porém, o traço mais caraterístico do 'falar reintegrado' é, sem dúvida, a terminaçom //-çom//, que nos últimos dous séculos foi substituída massivamente das falas por //-ción//, e muitos reintegracionistas esforçam-se em restaurá-la. Nom obstante, também há muitas pessoas lusistas que preferem falar igual que sempre, e nom por isso se pode dizer que 'nom falem reintegrado'.
  
 ===== Como se aprende? ===== ===== Como se aprende? =====
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 A resposta é evidente: usando-o.  A resposta é evidente: usando-o. 
  
-Para muitas pessoas, um dos principais motivos para nom avançar para o reintegracionismo é a dificuldade de aprendê-lo. E a verdade é que dá um pouco de medo ver todos esses símbolos novos aplicados ao que sempre escrevemos de outra maneira. +<WRAP justify> 
 +Para muitas pessoas, um dos principais motivos para nom avançar para o reintegracionismo é o primeiro impacto. E a verdade é que dá um pouco de medo ver todos esses símbolos novos aplicados ao que sempre escrevemos de outra maneira. 
  
-Porém, é muito mais fácil do que se pensa, porque simplesmente chega com aplicar umhas novas regras ortográficas, bastante fáceis de sistematizar, ao nosso galego de sempre, e já estamos a escrever em reintegrado. Para isso, temos muitíssimos materiais de apoio, sobretodo na Internet, desde dicionários e prontuários galegos e portugueses (conforme se se preferir escrever em AGAL ou em português padrom) a guias didácticas mais simples para as pessoas poderem usar o essencial deste modelo da escrita. +\\
  
-Do nosso ponto de vista, de facto, o importante é isto último: basta as pessoas saberem usar o <nh>, o <lh>, o < -m> final, o <g/j/x>, o <s/ss>, o <b/ve os acentos, para estarem a empregar um maravilhoso galego. O que a partir daí as pessoas quigerem avançar, à medida que vaia entrando em contacto com outros textos, bem-vindo seja.   +</WRAP>
  
-===== Os diferentes plurais de -am -ao e -om  =====+<WRAP justify column 400px> 
 +Porém, é muito mais fácil do que se pensa, porque simplesmente chega com aplicar umhas novas regras ortográficas, bastante fáceis de sistematizar, ao nosso galego de sempre, e já estamos a escrever em reintegrado. Para isso, temos muitíssimos materiais de apoio, sobretudo na Internet, desde dicionários e prontuários galegos portugueses (conforme se se preferir escrever em AGAL ou em padrom lusitano) a guias didáticos mais simples para as pessoas poderem usar o essencial deste modelo da escrita.
  
-As formas singulares das palavras que nas falas galegas acabam em -am (//cam//), -ao/-am (//irmao/////irmám//), e -om (//coraçom//) tenhem diferentes plurais segundo a zona da Galiza. Na ocidental conservam a nasalidade (//cans//, //irmáns//, //coraçons//) perdida na central (//cás//, //irmaos//, //coraçôs//). Na oriental, apesar de terem perdido a nasalidade em quase todas as comarcas, conserva-se a pronúncia mais conservadora: //caes// [ájs], //irmaos// [áws] e //coraçoes// [ójs]. A actual representaçom escrita destas terminaçons coincide com a medieval galego-portuguesa, isto é, com as formas orientais nasalizadas (//cães//, //irmãos//, //corações//). +\\ 
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 +{{:wiki:barthinogal.jpg?|Vinheta de Suso Sanmartin tirada do Pasquim, suplemento de Humor do Novas de Galiza}} 
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 +Do nosso ponto de vista, de facto, o importante é isto último: basta as pessoas saberem usar o <wrap fgcyan>//nh//</wrap>, o <wrap fgcyan>//lh//</wrap>, o <wrap fgcyan>// -m//</wrap> final, o <wrap fgcyan>//g/j/x//</wrap>, o <wrap fgcyan>//s/ss//</wrap>, o <wrap fgcyan>//b/v//</wrap> e os acentos, para estarem a empregar um maravilhoso galego. O que a partir daí as pessoas quigerem avançar, à medida que forem entrando em contacto com outros textos, bem-vindo seja.    
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 +===== Os diferentes plurais de -ám -ao e -om  ===== 
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 +As formas singulares das palavras que nas falas galegas acabam em -ám (//cam//), -ao/-am (//irmao/////irmám//), e -om (//coraçom//) tenhem diferentes plurais segundo a zona da Galiza. Na ocidental conservam a nasalidade (//cans//, //irmáns//, //coraçons//) perdida na central (//cás//, //irmaos//, //coraçôs//). Na oriental, apesar de terem perdido a nasalidade em quase todas as comarcas, mantém-se a pronúncia mais conservadora: //caes// [ájs], //irmaos// [áws] e //coraçoes// [ójs]. A atual representaçom escrita destas terminaçons coincide com a medieval galego-portuguesa, isto é, com as formas orientais nasalizadas (//cães//, //irmãos//, //corações//). 
  
 Em galego reintegrado, há quem prefira usar as terminaçons ocidentais (por serem as mais usadas no galego literário e institucionalizado actual) e quem prefira usar as comuns com Portugal e Brasil, mais conformes às orientais galegas.  Em galego reintegrado, há quem prefira usar as terminaçons ocidentais (por serem as mais usadas no galego literário e institucionalizado actual) e quem prefira usar as comuns com Portugal e Brasil, mais conformes às orientais galegas. 
  
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