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      O Pasquim

      O Pasquim

      Franjo Padín e Suso Sanmartin perante a estátua do Pasquim, em Roma.

      Após duas semanas de folga, Angueira de Suso retoma a sua actividade.

      Folgou Angueira de Suso mas nom folgou o susodito quem, de 1 a 9 de Abril e em território italiano e vaticano, nom tivo um só dia de descanso.

      Porque este ano as férias da Páscoa nom forom férias senom umha extenuante viagem de estudos realizada, isso sim, na melhor companhia possível (falando em termos de companhia masculina, é claro): a do professor de Geografia e História, arqueólogo, humorista gráfico, caricaturista, blogueiro e velho amigo (conhecemo-nos em 1º de B.U.P., há a bagatela de 20 anos, no I.N.B. Salvador Moreno de Marim) Franjo Padín.

      Dos dous Gigas de memória fotográfica que o Padín e mais eu trouxemos da península itálica, hoje seleccionamos duas fotografias para a sua publicaçom. Forom feitas em Roma no passado dia 4, é dizer, há exactamente umha semana. Na fotografia da direita, realizada polo amigo Padín, ao pé da estátua do Pasquim aparece o súbdito norueguês que, a seguir e a petiçom nossa, realizaria a fotografia da esquerda. Na fotografia da esquerda aparecemos o próprio Padín e mais eu perante a devandita estátua da que, para a nossa surpressa, o voluntarioso fotógrafo apenas tomou o pedestal.

      O pedestal da estátua do Pasquim está, como podedes observar nas fotografias, acogulado de pasquins, escritos que nom por acaso recebem dito nome:

      pasquim s.m. escrito afixado em lugar público com expressões injuriosas ao governo ou pessoa constituída em autoridade; panfleto difamatório; [fig.] jornal que publica diatribes e artigos difamatórios (Do it. ant. Pasquino, nome de uma estátua mutilada em Roma, onde se afixavam panfletos satíricos)

      [Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora]

      pasquim. [Do it. ant. pasquino, do it. Paschino, Pasquino, nome, em Roma, de uma estátua de gladiador, na qual se fixavam libelos e sátiras.] s.m. 1. Sátira afixada em lugar público. 2. Jornal ou panfleto difamador. 3. P. ext. Deprec. Jornaleco. [Sin.: pasquinada.]

      [Aurélio Século XXI, O Dicionário da Língua Portuguesa]

      Com efeito (traduzo agora da Wikipedia inglesa):

      ?Pasquinada refere-se a um libelo anônimo, em verso ou em prosa. Pasquim (Italiano Pasquino) foi o nome que os romanos correntes deram à maltratada e antiga estátua desenterrada durante a pavimentaçom do distrito Parione e erguida na esquina da Piazza di Pasquino e Palazzo Braschi, no lado oeste da Piazza Navona em 1501, polo Cardeal Oliviero Carafa, quem involuntariamente deu à estátua a sua primeira voz, ao originar umha cerimônia anual, a primeira em 1501, polo Dia do Sam Marcos, 25 de Abril. O torso de mármore foi cuberto com umha toga e epigramas em Latim foram sujeitados a ela. O decoroso evento logo se foi das maos quando virou costume para aqueles que queriam criticar o Papa ou indivíduos do seu governo ?por pasquinada entende-se primeiro e principalmente um ataque pessoal- escrever poemas satíricos em amplo dialecto Romano (chamados ?pasquinadas? do Italiano ?pasquinate?) e afixá-los a essa estátua.?

      [http://en.wikipedia.org/wiki/Pasquinade]

      Embora no quarto do hotel o Padín já me falara da sua existência, o certo e que a estátua do Pasquim topamo-la por acaso quando, procedentes de Campo di Fiori e trás tomar um capuccino delizioso num dos cafés da Via del Governo Vechio, nos dirigíamos ao Palazzo Altemps (Museo Nazionale Romano) onde, entre outras maravilhas marmóreas, o Trono Ludovisi, o Ares Ludovisi e o Gálata Suicida esperavam por nós.

      Muito rim e muito aprendim com o meu colega de Marim! Aprendim, por exemplo, porquê é que um pasquim se chama assim! Muito obrigado por tudo, caro amigo Padín!

      Escrito em 11-04-2007, na categoria: VÁRIOS
      Chuza!

      7 comentários

      Comentário de: Uz [Visitante]  
      Uz

      Obrigado, Suso…

      … por regressares…

      … por nos ‘ilustrares’…

      … pola grata conversa em terras picheleiras, falando do humano e do div… agnóst… ate… até logo, que não atopo palavras ;-)

      12-04-2007 @ 02:17
      Comentário de: ra [Visitante]  
      ra

      pero que ben vivimos…

      12-04-2007 @ 08:46
      Comentário de: suso [Visitante]  
      suso

      Obrigado eu a ti, caro Uz… por seres assim… por estares aí… e por comentares-me aqui os teus pareceres… :-)

      Ra! Regressaches! Que boa notícia! Nom era má vidinha se durasse, nom. Ainda que nom sei se agüentaria muito tempo a esse ritmo. Seja como for aqui estamos de novo ao pé do canhom… e tu também, que bem! :-)

      12-04-2007 @ 12:36
      Comentário de: sarijess [Visitante]  
      sarijess

      viches o video este?

      seguro que a canción che soa de algho…

      ;)

      http://youtube.com/watch?v=1hg7ns8-qXs

      12-04-2007 @ 19:40
      Comentário de: suso [Visitante]  
      suso

      Acabo de vê-lo mas nom de ouví-lo. Estou no ciber da Rua Nova e aqui os computadores nom têm altifalantes. Imagino que a cançom será umha paródia do Sólo pienso en ti de Víctor Manuel…

      13-04-2007 @ 14:48
      Comentário de: O Padín [Visitante]  
      O Padín

      Mio caro amico.

      A minha aventura en plan Güili Fog rematou aínda este fin de semana, e nada mais “arrivar” recibo con sorpresa que son co-protagonista do teu poste. O noruegués era un pésimo fotógrafo, pero non puido facer nada por evitar que saísemos tan ghuapos como somos.

      Obrigado polas flores que me botas. Sinto terte arrastrado por tanta ruína, os meus pés tampouco serán nunca os mesmos. Pero pagou a pena, aínda que só sexa por mexar (legalmente) na basílica de San Pietro, beber coma piollos falando en galego meridional cun camareiro italiano, ou coñecer á musa de Néstor Marmolino na fontana de Trevi.

      16-04-2007 @ 21:50
      Comentário de: suso [Visitante]  
      suso

      Benvenuto alla tua terra, caro amico! Já me contarás como che foi polos madriles com o teu alunado morracense. “Tam ghuapos como somos", com efeito. Nem mais, nem menos ;-) Prego! (por nada!) Foi um sado-marmorista prazer arrastar os meus maltreitos pés ao pé dos teus por terras italianas e vaticanas! Auguri!

      17-04-2007 @ 10:56