Busca

        As minhas visitas no mundo

        Locations of visitors to this page

      blogging software

      THE INVISIBLE MAN

      THE INVISIBLE MAN

      Janeiro é o mês de Castelao. No mês de Janeiro comemoramos o seu nascimento e a sua morte.

      Afonso R. Castelao nasceu em Rianxo em 30 de Janeiro de 1886 (tal dia como hoje há 121 anos) e morreu exilado em Buenos Aires em 7 de Janeiro de 1950.

      No dia a seguir à sua morte, 8 de Janeiro de 1950, a Dirección General de Prensa y Propaganda da ditadura franquista enviou umha nota aos diretores dos jornais galegos advertindo que do "político republicano y separatista gallego" unicamente poderiam elogiar-se, em páginas interiores e a umha só coluna, "sus características de humorista, literato y caricaturista".

      Ao largo da sua frutífera vida o político, escritor, desenhador, pintor, humorista e caricaturista rianxeiro auto-caricaturou-se em diferentes ocasiões. Sem lugar a dúvidas os seus dous auto-retratos caricaturais mais reproduzidos e famosos som este (capa do seu folheto "Algo acerca de la caricatura", Pontevedra, s.a., 1916?) e estoutro (1920), em que Castelao fai desaparecer o essencial, a sua própria pessoa, para deixar ficar apenas o acessório: chapéu, óculos, gravata de laço e fumegante cigarro.

      Foi precisamente esta segunda imagem a que em 1993(?) empreguei para realizar, acrescentando apenas o pé "the invisible man", a cousa que ilustra este post.

      A cousa esta (cartoon? charge? vinheta? ilustraçom?) já fora publicada com antecedência em três ocasiões, as duas primeiras na revista universitária Eis [Eis Nº 8 (1993), pág. 11 e Eis Nº 10 (1995), pág. 8] e a terceira na Revista Satírica de Humor Platónico Xó! [Xó! Nº 37 (Dezembro 1999), pág. 2].

      No seu testamento político, o Sempre em Galiza, Castelao demostrou científicamente que Galiza era umha naçom. Cinquenta e sete anos após a sua morte os herdeiros do general Franco, galeguistas coma ti, recusam-se a definí-la como tal nem sequer no Limiar do seu novo estatuto.

      Agora, como na hora da sua morte, Castelao melhor invisível. O homem invisível.

      The Invisible Man, O Filme

      No passado sábado, 20 de Janeiro de 2007, às 19h30 (CET), dentro do ciclo de cinema Ficções e Alterações da Realidade, no Centro Galego de Arte Contemporânea (CGAC) projectaram um dos meus filmes favoritos de sempre: The invisible man (James Whale, 1933).

      Por tal motivo queria ter publicado naquela data a cousa que hoje publico, mas imprevistos de última hora impediram-me fazê-lo. Nom só me impediram fazê-lo senom que por pouco nom acordo a tempo de ir ver o fime! Som-che cousas da vida... por Castelao! ;-)

      Dedicatória

      Quigera dedicar esta cousinha ao meu grande amigo João Miguel Lombardeiro (co-fundador junto com José Maria Duram, Marcelo Maneiro, Franjo Padín e comigo próprio, da saudosa revista Eis) e quigera fazê-lo por certo comment que, em 13 de Outubro de 2006 e a propósito de umha outra ilustraçom, me fijo off the record (via e-mail), comentário que hoje fago público com a sua licença:

      "Até há pouco tinha uma doença que de por vezes fazia-me passar por tolinho: lembro em qualquer momento, oportuno ou inoportuno, o teu invisible man e escacho a rir perante quem seja (a sério, uma vez passou-me quanado ligava desde a Federação Vizinhal à Subdelegação do Governo Spagnolo em Ponte-Vedra; comecei a rir e não me dava controlado) Agora acontece-me ademais com o buda-fraga".

      Escrito em 30-01-2007, na categoria: COLABORAÇÕES HABITUAIS:, Xó!
      Chuza!

      2 comentários

      Comentário de: o' lombar [Visitante]  
      o' lombar

      Obrigadíssimo carão :-) Em concreto, o lance da Subdelegação ponte-vedresa sucedera quando desde a Federação ajudávamos a organizar, na altura em que já a peste atingira a ria, as massivas e históricas manifestações de Nunca Mais-Vigo. Naquela conversa houve um link verbal co ?the invisible man?. O meu interlocutor da subdelegação dissera que sem os regulamentares quinze dias de antecedência e permissão (ele!) ?não via? motivo para convocar manifestação nenhuma; se calhar, uma concentração, sempre com garantia de não realizar movimentações na via pública. Mais não via…Acho que aquele funcionário mesmo escutou risos de Castelao desde a rua da Oliva. Bjs.

      30-01-2007 @ 12:21
      Comentário de: suso [Membro]  
      suso

      É que há funcionários e funcionários. O próprio Castelao, quem, já agora, tinha sérios problemas de “vista", também exerceu como servidor público em Ponte-Vedra. Eu próprio… :-)))

      http://www.museocastelao.org/vida/biografia.html

      30-01-2007 @ 13:35