O manifesto do dezassete que (ainda) nom se leu. OBRIGADINHAS, SÉCHU

O manifesto do dezassete que (ainda) nom se leu. OBRIGADINHAS, SÉCHU

Entre algumhas das "tragédias" que padecemos no decorrer da festa do Dezassete, figura a de nom termos podido desfrutar do FERMOSO e CONTUNDENTE manifesto que o amigo Séchu Sende (inventor do lema-bestseller "EU NUNCA SEREI YO") escreveu para a ocasiom. Aqui o tendes; nom deixedes de lê-lo, merece muito a pena:

MANIFESTO PUBLICITÁRIO DA LÍNGUA

O gaélico, a língua que resiste no norte, criou a palabra eslogam, que significa originariamente grito de guerra.
Este é um Manifesto da Língua contra a Publicidade e a Propaganda!
Um exercício de subversom das palavras dalgumhas multinacionais e organizaçons que algum dia criarom lemas para nos fazer mais pobres. E para nos roubar as nossas palavras.

Porque a criatividade move o mundo, este um manifesto pirata!

Benvindos e Benvindas á República Independente da tua Língua!
Ou como diriam nos Supermercados Dia: Fala bem para viver melhor.
Porque o segredo está na língua.
E o que sabe, fala.

Tristemente, há persoas que seguem a identificar a língua com a gente maior porque a língua predomina alá onde A enruga é bela. Mas para cambiar as cousas, a língua debe ser como a Pepsi: O sabor da nova geraçom.
Recordade que o galego non só é Cousa de homes, tambem de Mulleres reais orgulhosas de lucir a sua lingua.
E dos pantalóns Wrangler tiramos este lema: A lingua resiste se tu resistes.
E de passo podemos roubar-lhe 4 eslogans á Coca Cola e dicirmos: Aquí e agora, Em galego sempre, Todo vai melhor em galego, Agora tu!

E agora que a revolta saiu estes dias ás ruas de Vigo botamos mao do eslogam de Citroen: Nom imaginas o que a língua pode fazer por ti.
Ou como diriamos com a cerveja da competéncia na mao: Onde vai, trunfa!.
Se falas galego, como ao conducir um Mazda, Tes o que hai que ter.
Ou um Seat Toledo: Contigo ao fim do mundo.

Por certo: A que ulem as línguas?

É interesante, nesta época eleitoral, olharmos os eslogans dos partidos políticos.
Por exemplo, sabedes por que ganhou Sarskozy as elecçons na Franza?, polo eslogam, essa palabra mágica que aquí venceu durante 16 anos: Ensemble, Xuntos!
E por que perdeu Segolene Royal?, entre outras cousas: por nom falar do presente: O futuro nom se fará sem ti. Perdeu porque as cousas hai que cambia-las agora, sempre agora. Nom há que esperar.
Cousa que nom dam aprendido no PSdG com o seu eslogam para as municipais: Faremos máis. Que faredes mais? Máis, como o PP? E tambem ides fazer mais pola língua? He! Quando fas pop já nom hai stop?
Felipe González, um clásico, diria-o assi: Vivimos na melhor das línguas posíbeis.
E Aznar mentiria como sempre: A língua vai bem.
Com Feijoo, que tem cara de nom ter lavado um prato na vida, a cousa está clara: Falar se va a acabar.
E Quintana sacou um lema que parece o título dum programa de televisóm para a terceira idade, mais próprio de Ana Rosa Quintana, valha a redundáncia: Pensado para ti.
A mim para que o BNG tome nota mola-me um dos clásicos dos movimentos sociais: A língua para quem a trabalha!
E ai vam os parabens para a Gentalha do Pichel e a gente que curra pola língua desde a base, desde o movimento asociativo: Porque Outra língua é possibel!
As cousas como som!

Por certo, Tourinho debeu aprender a falar galego com o método do professor Mahuer, para aprender idiomas de CCC: Aprende galego em mil palavras, cho xuro, cho prometo.

Hai um anúncio baseado num texto de Cortázar que bem podería dicer assi:
Quando che regalam a língua, regalam-che um pequeno inferno, umha cadea de rosas. Nom che regalam a língua, tu es o regalado. Tu es quem lle oferecem á língua.
E esse outro de Bruce Lee: Vacia a tua mente, libera-te das normas, como a língua, a língua pode fluír ou pode golpear, se língua, my friend?

Os produtos galegos tamém tenhem o seu aquel: o lema de Águas de Mondariz seria: Todos che dim que nom fales. Por que? Fala. Fala. Fala Galego.
Ou o eslogam de Estrella Galicia, com influéncias remotas de Castelao: Despois de máis de 1000 anos juntos a nossa língua poderia non ser o mesmo sem Galiza, mas Galiza sem a língua nom seria nada.
E nom estaria mal adoptarmos o método Feiraco: Nossa de princípio a fim.
Os de Caixa Galicia mentres estragam os nossos recursos naturais dim A tua força move-nos. A nossa língua, está claro, nom.
E em quanto Reganosa asalta a ria de Ferrol com um lema inquietante: A nova energia de Galicia!, e os marinheiros e mariscadoras respostan Pensa en verde,
Fenosa anúncia: A mellor energia é a que nom se consome.
Estes tambem debem pensar que A melhor língua é a que nom se fala.

E agora isto vai dedicado a toda essa gente que fala galego umha vez ao ano, como se comessem turrom El Almendro: Volve, á casa volve? polo Dia das Letras.
Por certo, que me dicides de La Voz de Galicia: La Voz da voz a los hechos e dos centos de miles de euros em subvençons que lhe entrega o governo por promocionar presuntamente a nossa língua, mentres se lhe nega qualquer ajuda ao Periódico galego de informaçom crítica, Novas da Galiza?

Em fim, que em quanto semelha que os responsábeis políticos e os seus colaboradores aceptam a deriva catastrófica do idioma, já nos gostaria que o bipartito socializasse umha dessas campanhinhas com repercusom mediática como a de Tráfico, essa que tanto lhe molou a Aznar: Nom podemos falar galego por ti.
Ou essa outra tipo SGAE, que mola máis: Save the língua!

E vós que nom falades galego, a que esperades?
Porque se a língua puidese falar isto é o que che diria: vaias onde vaias, fagas o que fagas, estarei aquí esperando fazer o que necesites, estarei aquí esperando-te.
E vós que deixades de lado o nosso idioma recordade que, como Rexona, a língua nom te abandona!
Por que a nossa língua dura e dura, e dura e dura!
Nom saias da casa sem ela.

Por certo, umha mensagem á Secretaria de Normalizaçom Lingüística: Marisol, para recuperar e rexenerar a língua non vale a baba de caracol nem o primo de Zumosol.

Hai que achegar a língua á gente!
Porque A lingua está sempre perto de ti.
Chama agora ao 902 57 47 77 e fai-te com ela,, sem dar explicaçons.
Desde 0 euros!
A forma mais inteligente de falar!
E nom esqueças o Plan Renove da Xunta de Galicia!
Nom te conformes com menos!
Umha língua com ziritrione.
Em galego osiasion cristal guai!
Ou como dim os de Vodafon: É o teu momento!
Just do it!
Abre a tua mente.
Os tempos cámbiam e A forma dos sonhos cambia.
É hora de que revises as tuas velhas crenzas.
Por que o ser humano é um ser extremadamente inteligente, Fala inteligente!
A nossa língua é única na sua espécie.
A nossa língua, como um diamante, é para sempre.

E já estamos acabando.
En fim, já sabes: A língua e a saúde, a tua razón de ser.

Porque o processo de normalizaçom da língua nom se contrue com eslogans, e por um proceso participativo, social e criativo, e porque estamos fartas e fartos de propaganda:
Nós, como Ramón, o do Fertimón:
Sempre em Galego!

E porque, em fim, Impossible is nothing?
E A língua precisa de nós!!

Repetimos?

Escrito em 25-05-2007, na categoria: Comissons
Chuza!

3 comentários

Comentário de: nsk [Visitante]  
nsk

todo um luxo, curradíssimo, e um 10 em originalidade!!! com certeza, umha das grandes tragédias da festa do 12 é que nom se pudese ler semelhante suuuupermanifesto…

25-05-2007 @ 13:43
Comentário de: oscar de lis [Visitante]  
oscar de lis

Com efeito, boa maneira de achegar o galego à gente! Parabéns a Sechu Sende e parabéns à Gentalha do Pichel, pola sua força e pola sua sabedoria. O galego nom irá sobreviver arredado de quem é o seu suporte elementar: os utentes. E eles também nom deixarám que esmoreça a festa do 17 por mais atrancos que se ponham, por mais difícil que seja. Adiante, pois.

26-05-2007 @ 17:43
Comentário de: ana [Visitante]  
ana

um artigo moi bom de Séchu, na mesma linha lúdica do manifesto, no seguinte enlace:

http://www.vieiros.com/opinions/opinion/78/guia-sexual-da-sociolinguistica

31-05-2007 @ 12:57

    SEMENTE

      Somos um grupo de compostelanas e compostelanos decididos a fazer activismo cultural na nossa cidade e comarca. A língua e cultura galegas, a vontade de aprender, de difundir e recuperar os nossos costumes, a nossa história, a nossa música... som os nossos eixos de trabalho.

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